A meteorologia avisou que ia ser o dia mais quente do ano, o que podia ter sido desagradável se não estivéssemos junto à piscina, com os olhos postos no mar, no magnífico cenário do The Oitavos, na Quinta da Marinha, que reabriu portas no dia que recebeu o Wine & Executive Club. Junte-se-lhe uma flute do espumante Blanc des Blancs, combinação perfeita de Arinto e Chardonnay, pelo produtor convidado, a Adega Mãe, a dar as boas-vindas a todos, depois dos meses de ausência por conta da Covid-19.
O menu reuniu a história da família Alves, estabelecida na região Oeste, ao apresentar um lombo de bacalhau do Grupo Riberalves – Bacalhau Riberalves, negócio iniciado na década de 60 do século passado, e os vinhos da AdegaMãe, produzidos em Torres Vedras, numa homenagem à matriarca, Manuela Alves. Stephanie Marques falou da herança familiar(família Alves) e deu a conhecer as notas dos vinhos que acompanharam o jantar assinado pelo chef Cyril Devilers.
Depois, do tomate de rabo de boi e do carabineiro, serviu-se a conversa com o orador da noite: José Cardoso Botelho. O CEO da Terras da Comporta e da Vanguard Properties falou do projecto que já se desenha, dos pilares que sustentam o projecto – Mar, Terra e Comunidade – e da importância de criar zonas residenciais em Grândola e Álcacer para acolher os trabalhadores e desenvolver novos núcleos habitacionais. Contou como a sua garrafeira sofreu uma descida significativa durante a pandemia, do tempo que ganhou em família e de como viu os negócios pararem, sem que isso lhe tirasse o sono. Arrisca mais em pessoas do que em projectos, embora nem todos corram bem. E ganhou mais inimigos do que amigos com o negócio da Comporta. No final, partilhou uma das suas máximas de vida: “A sorte protege os audazes”. Deixando a provocação de que os portugueses devem arriscar mais.
Como o crítico de vinhos Vicente Themudo de CastroVicente Themudo de Castro (membro do W&EClube)salientou, nem todas as refeições têm de terminar com um vinho doce. O Dory Tinto Reserva harmonizou-se bem com os morangos assados, pesto de manjericão e sorvete de cacau. Uma proposta inusitada, porque os jantares do W&EC querem-se uma experiência sensorial, que ficou completa com o AdegaMãe Viosinho 2018 e o AdegaMãe Terroir Branco 2016, com notas florais, cítricas e a salinidade do Atlântico arrastada pelo vento que deixa a sua marca em cada néctar. No final, impunha-se um brinde: aos reencontros, à vida, aos bons momentos.
Voltamos em Setembro, bom Verão!
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